VOCÊ ESTÁ CHEIO DO ESPÍRITO
SANTO?
O
apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da
Ásia Menor, e ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução,
mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao
céu. Então, o Espírito Santo, o outro Consolador, desceu e desceu para ficar
para sempre conosco. Sem a obra do Espírito Santo jamais haveria um só
convertido na terra, pois é ele quem aplica a obra da redenção. Concordo com
Charles H. Spurgeon, quando disse que é mais fácil acreditar que um leão
tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma pessoa só possa ser salva sem
a obra do Espírito Santo. Todo crente é regenerado, habitado e selado com o
Espírito Santo, mas nem todo crente está cheio do Espírito Santo. Uma coisa é
ter o Espírito Santo; outra coisa é o Espírito Santo nos ter. Uma coisa é ter o
Espírito Santo presente; outra coisa é ter o Espírito presidente. O texto em
apreço nos ensina quatro verdades.
Em
primeiro lugar, a plenitude do Espírito é uma ordem expressa de Deus. Há duas
ordens no texto. Uma negativa e outra positiva. A negativa é não se embriagar
com vinho; a positiva é ser cheio do Espírito Santo. Assim como a embriaguez é
um pecado; também o é a ausência da plenitude do Espírito Santo. Se a
embriaguez produz vergonha e dissolução, a plenitude do Espírito Santo
desemboca em comunhão, adoração, gratidão e serviço.
Em
segundo lugar, a plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes. A ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns
crentes. Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos,
os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser
cheios do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na
igreja; é a norma para todos os crentes.
Em
terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser
repetida continuamente. Não se trata de um acontecimento único e irrepetível
como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo. A plenitude de ontem não
serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no
presente. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de
andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus. As melhores
experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em
nossa vida no futuro.
Em
quarto lugar, não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos
esvaziar para sermos cheios. A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade
produzida por nós. Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de
cima, do céu. Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o
Espírito Santo nos encher. Não há limitação no Espírito Santo. Podemos ser
cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Você está cheio
do Espírito Santo?
Hernandes Dias Lopes
Hernandes Dias Lopes