Propósito da Igreja:

Propósito da Igreja: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Atos 2:42

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Revelação Geral


                                       REVELAÇÃO GERAL

"Pode uma pessoa ser salva através da revelação geral?"

Resposta:
A revelação geral de Deus pode ser definida como “a revelação de Deus a todas as pessoas, em todos os tempos e em todos os lugares que revela que Deus existe e é inteligente, poderoso e transcendente.” Escrituras como Salmo 19:1-4 e Romanos 1:20 claramente afirmam que certas coisas sobre Deus podem ser entendidas por causa da criação que nos rodeia. Para mais informações, por favor leia o nosso artigo sobre as diferenças entre a revelação geral e revelação especial. Em relação à pergunta: "Pode uma pessoa ser salva através da revelação geral?", esta pergunta geralmente é feita em relação a uma outra pergunta: "O que acontece com aqueles que nunca ouviram o evangelho?"

Infelizmente, ainda há partes do mundo sem nenhum acesso à Bíblia, ao evangelho de Jesus Cristo ou a qualquer outro meio de aprender a verdade cristã. Surge então a questão: o que acontece com essas pessoas quando morrem? É justo que Deus condene uma pessoa que nunca ouviu o evangelho, sobre Jesus Cristo, nem mesmo que existe um Deus? Alguns propõem uma solução para este dilema na ideia de que Deus julga as pessoas que nunca ouviram o evangelho com base em como responderam à revelação geral. A presunção é que se uma pessoa realmente acredita no que pode ser conhecido sobre Deus através da revelação geral, Deus julgará a pessoa com base nessa fé e permitirá a sua entrada no céu. É possível que tal conceito seja verdadeiro?

Antes de abordarmos essa questão, devemos lidar com um pressuposto fundamental, ou seja, que aqueles que nunca ouviram o evangelho estão à procura de Deus, em busca da verdade e praticamente implorando para que alguém venha entregar a mensagem de salvação. O problema com esta suposição é que a Escritura declara exatamente o oposto. Romanos 3:10-12 declara: "Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer." Segundo as Escrituras, as pessoas tomam o conhecimento de Deus disponível através da revelação geral e pervertem-no ao seu próprio gosto. Romanos 1:21-23 afirma: "porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis." Segundo as Escrituras, o estado das pessoas sem Deus não é um de buscar a salvação, mas um de rebelião, escuridão e idolatria.

De volta à questão inicial – pode uma pessoa ser salva através da revelação geral? A Bíblia em nenhum lugar dá qualquer esperança de que aqueles que nunca ouviram o evangelho acreditarão plenamente na verdade sobre Deus disponível através da revelação geral. Novamente, a Bíblia descreve os perdidos como estando em rebelião contra o que já sabem sobre Deus e não em busca de mais verdade sobre Deus. No entanto, há sempre a questão: "E se?" SE uma pessoa que nunca ouviu o evangelho verdadeiramente e plenamente acreditasse no que se pode saber sobre Deus através da revelação geral, essa pessoa seria salva? SE tal pessoa realmente existisse, parece que seria consistente com o amor, a misericórdia e a graça de Deus que tal pessoa seria salva. Mais uma vez, por favor entenda que isso é apenas uma hipótese sem qualquer suporte bíblico.

Atos capítulo 10 registra a história de Cornélio. Cornélio é descrito como "piedoso e temente a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus" (Atos 10:2). Será que Cornélio foi salvo por causa de sua devoção a Deus com base no conhecimento limitado que tinha dEle? Não. Deus enviou um anjo a Cornélio com instruções para que ele entrasse em contato com o apóstolo Pedro e o convidasse para a sua casa. Cornélio obedeceu e Pedro veio e apresentou o evangelho a Cornélio e sua família. Cornélio e sua família creram e foram salvos (Atos 10:44-48). Atos capítulo 10 é um exemplo claro de como não somos salvos apenas ao crer certas verdades sobre Deus ou ao obedecer a Deus em certos aspectos. O único meio de salvação é o evangelho de Jesus Cristo (João 14:6, Atos 4:12).

O fato de que os perdidos rejeitam a revelação geral é a razão por que é tão importante que proclamemos o evangelho por todo o mundo (Mateus 28:19-20, Atos 1:8). Romanos 10:14 declara: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?" Deus nos ordena a apresentar o evangelho porque "Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus" (Romanos 3:10-11). Ao invés de esperar que algumas pessoas estejam sendo salvas ao acreditar no que se pode saber sobre Deus através da revelação geral, Deus nos chama a ir a todo o mundo e a proclamar o Evangelho. Crer nas boas novas da salvação através de Jesus Cristo é o único método de salvação que a Bíblia menciona (João 3:16).

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Iluminação Bíblica


                    O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA DA ILUMINAÇÃO?

Em termos simples, a iluminação no sentido espiritual é "ligar a luz" do entendimento em alguma área. Quando a iluminação divina lida com novos conhecimentos ou coisas futuras, nós a chamamos de "profecia". Quando a iluminação lida com a compreensão e aplicação do conhecimento já dado, nós a chamamos de "iluminação". Surge então a pergunta: "Como é que Deus ilumina as mentes daqueles que estudam a Sua Palavra?"

O nível mais básico de iluminação é o conhecimento do pecado; sem esse conhecimento, todo o resto é inútil. Salmo 18:28 diz: "Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas." Salmo 119, o maior capítulo da Bíblia, é uma canção sobre a Palavra de Deus. O versículo 130 diz: "A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples." Este versículo estabelece o método básico da iluminação de Deus. Quando a Palavra de Deus entra no coração de uma pessoa, dá luz e entendimento. Por esta razão, somos repetidamente encorajados a estudá-la. Salmo 119:11 diz: "Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti." Os versículos 98 e 99 dizem: "O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação."

O estudo regular da Palavra de Deus dá direção e compreensão nas questões da vida. Este é o primeiro método da iluminação de Deus e o ponto de partida para todos nós. No Salmo 119, encontramos também um outro tipo de iluminação de Deus. O versículo 18 diz: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei." Estas "coisas maravilhosas" não são novas revelações, mas coisas que foram escritas muito tempo antes e só agora compreendidas pelo leitor. Da mesma forma, o versículo 73 diz: "As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos." O apelo é por entendimento pessoal para aplicar as leis de Deus. Quinze vezes neste salmo, Deus é convidado a ensinar ou dar conhecimento de Suas leis.

Uma passagem que às vezes provoca controvérsia a respeito da iluminação é João 14:26: "Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito." Jesus estava falando aos Seus discípulos no Cenáculo, dando-lhes as últimas instruções antes de Sua morte. Este grupo especial de homens seria responsável por espalhar as boas novas de Jesus Cristo para o mundo inteiro. Eles tinham passado três anos e meio com Ele, assistindo os Seus milagres e ouvindo os Seus ensinamentos. Ao repassar esses ensinamentos para o resto do mundo, eles precisariam da ajuda especial de Deus em lembrar-se com precisão. Jesus disse que o Espírito Santo os ensinaria e lembraria do que tinha sido dito para que pudessem corretamente transmitir a mensagem aos outros. Embora este versículo ensine que os apóstolos teriam ajuda divina em escrever os Evangelhos, ela não ensina que o Espírito faria o mesmo com todos os crentes.

Então, como funciona o trabalho da iluminação do Espírito Santo nos crentes? Efésios 1:17-18 nos diz que o Espírito dá sabedoria e revelação a respeito de Jesus Cristo e abre os olhos do entendimento para que possamos conhecer os propósitos de Deus em nossas vidas. Em 1 Coríntios 2:10-13, Deus revela os Seus planos para nós pelo Seu Espírito, o qual nos ensina as coisas espirituais. O contexto aqui aponta para a Palavra de Deus como aquilo que foi revelado. O Espírito de Deus sempre nos apontará para a Palavra de Deus para a nossa instrução. Como Jesus disse aos Seus discípulos em João 16:12-15, o Espírito simplesmente repete o que o Pai e o Filho já disseram. Esta repetição nos ajuda a lembrar e totalmente ouvir o que Deus já nos disse. Às vezes temos que ouvir coisas várias vezes para que possamos realmente "ouvi-las". É aí que o Espírito entra em cena.
Uma coisa que é às vezes negligenciada na discussão de iluminação é o seu propósito. Em ouvir alguns argumentos, parece que todo o propósito da iluminação é uma compreensão exata e acadêmica da Palavra de Deus. Não há dúvida de que Deus deseja que compreendamos corretamente o que Ele nos deu. As palavras têm significado, e devemos prestar atenção aos detalhes nessas palavras. No entanto, um entendimento acadêmico dos fatos não faz bem a ninguém se não houver uma aplicação de tais fatos.

Voltando ao Salmo 119, encontramos declarações sobre o propósito em conexão com os versículos de iluminação. "Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim meditarei nas tuas maravilhas" (v. 27); "Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei, e a observe de todo o meu coração" (v. 34); "Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos" (v. 125); "dá-me entendimento, para que eu viva" (v. 144). A iluminação sempre aponta para alguma ação. Por que Deus nos ajuda a entender a Sua Palavra? Para que possamos viver em sua luz. 1 João 1:6 nos desafia: “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” Podemos parafrasear esse versículo da seguinte maneira: "Se dissermos que temos sido iluminados, mas ainda andamos na escuridão, mentimos sobre a compreensão da Palavra de Deus." O Espírito de Deus, o qual nos ilumina a compreender a Palavra de Deus, pega esse conhecimento e nos ajuda a vivê-lo. Romanos 8:14 diz: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." A iluminação do Espírito Santo em nossas vidas é uma confirmação de que somos realmente filhos de Deus.

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Vontades de Deus


                                 Há Duas Vontades em Deus? Sim

A Coletânea de Jonathan Edwards

Em essência, a doutrina afirma que há… bem… duas vontades em Deus. A primeira vontade é sua vontade de ordenança (ou, como Edwards diz abaixo, “lei”). Esta é expressada através dos desejos revelados de Deus para as pessoas, desejos como “não matarás,” ou “amarás a teu próximo como a ti mesmo.”

A segunda vontade é a vontade de decreto, que é a vontade pela qual Deus provoca tudo o que de fato acontece, quer esteja de acordo com sua vontade de ordenança ou não. Esta é conhecida também como sua vontade secreta, uma vez que o que Deus pretende fazer em qualquer evento é incognoscível para nós, exceto aquilo que ele nos revela através de profecia.

Eis aqui a Coletânea nº 7 completa de Jonathan Edwards (reformatada um pouco por mim), a qual ele escreveu em defesa desta noção de duas vontades:

Os Arminianos ridicularizam nossa distinção das vontades secreta e revelada de Deus, ou melhor dizendo, nossa distinção entre o decreto e a lei [de Deus], porque nós dizemos que ele pode decretar uma coisa e ordenar outra; dizem também que nós colocamos inconsistência e contradição em Deus, como se uma vontade sua contradissesse e fosse diretamente contrária a outra.

No entanto, se eles chamarão isso de contradição de vontades, nós certamente e absolutamente sabemos que tal coisa existe, então eis o maior absurdo de discutir a respeito disso.

* Nós [sabemos que foi] a vontade secreta de Deus que Abraão não sacrificasse seu filho, no entanto, ainda assim sua ordem foi para que o fizesse.                                                                             * Nós certamente sabemos que Deus quis que o coração de Faraó fosse endurecido, e ainda assim o endurecimento de seu coração foi seu pecado.
* Nós sabemos que Deus quis que [os] egípcios odiassem o povo de Deus. Salmo 105:25: “Mudou-lhes o coração para que odiassem o seu povo e usassem de astúcia para com os seus servos.”
* Nós sabemos que foi a vontade de Deus que Absalão se deitasse com as esposas de Davi. 2Samuel 12:11-12: “Assim diz o SENHOR: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol.”
* Nós certamente sabemos que Deus quis que Jeroboão e as dez tribos se rebelassem.                   * Nós sabemos que o mesmo pode ser dito da pilhagem dos Babilônios; e outros exemplos podem ser dados. A Escritura nos diz claramente que Deus quer endurecer alguns homens (Romanos 9:18), quis que Cristo fosse morto por homens, [etc.].

Por Jonathan Edwards. Original: edwards.yale.edu
Tradução:
 voltemosaoevangelho.com
Permissões:
 Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Doutrinas da Graça



AS DOUTRINAS DA GRAÇA DE DEUS

Estas doutrinas são: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Preservação e Perseverança dos Salvos.

“Do Senhor vem a salvação”. Jonas 2:9.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Efésios 2:8-10.

“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. Romanos 11:1-6.

Há dois sistemas de doutrina acerca da salvação. Um diz que a salvação vem ao homem através dos seus próprios méritos, ou que vem a ele através de uma mistura de obras e graça. O outro sistema diz que a salvação é 100% pela graça por meio da fé em Jesus Cristo, sem as obras da parte do homem. Assim a salvação é pela graça de Deus desde o início até ao fim.

Estes dois sistemas de doutrina são conhecidos como Arminianismo e Calvinismo. Observe os dois sistemas comparados:



Estes dois nomes são somente apelidos para os dois sistemas de doutrina sobre a graça de Deus na salvação. O Calvinista não é um seguidor de João Calvino. O Arminiano não é um seguidor de Jacobus Arminius. Estes dois homens (João Calvino e Jacobus Arminius) foram os dois que mais popularizaram estes dois sistemas de doutrina, e é por isso que os nomes pegaram neles.                

Foi no ano 1610 (ano após a morte de Jacobus Arminius) que cinco artigos foram publicados baseados nos ensinos desse professor Holandês pelos seus alunos. A publicação desses cinco artigos foi um protesto contra a doutrina da graça da eleição, e um pedido que o reino holandês a mudasse (negasse). O pedido foi negado.

João Calvino nem Jacobus Arminius começaram o sistema de doutrina com os seus nomes correspondentes. Estas doutrinas já foram ensinadas antes dos dois. Alguns hereges por muito tempo tinham pregado arminianismo, e Jesus Cristo e Seus Apóstolos tinham pregado a eleição da graça de Deus desde o primeiro século. Observe: Jesus Cristo, Mateus 1:21, 11:25-27, 26:28, João 6:37-40, 10:14-16, 26-28; Apóstolos, Atos 13:48, Efésios 1:3-14, Tiago 1:18, I Pedro 1:2, Apocalipse 17:8. Também o Velho Testamento fala abundantemente sobre a graça soberana de Deus.
A diferença entre estes dois sistemas de doutrina não é só de ênfase, como muitos dizem, mas é o seu conteúdo mesmo, a sua doutrina é basicamente diferente. A pergunta é: Deus salva o pecador, ou só ajuda o pecador se salvar? Ou é que o Deus Triúno salva o Seu povo escolhido, ou é que Deus está tentando salvar o pecador, se o pecador deixa-lo.
Os cinco pontos do calvinismo é um ponto só, e não pode separá-los sem destruir todos. Deus o Pai elegeu antes da fundação do mundo alguns para salvar, Deus o Filho remiu os eleitos do Pai, e Deus o Espírito Santo chama os eleitos do Pai e os remidos do Filho para receber a salvação eficazmente. O Deus Trino faz tudo necessário para salvar este povo eleito, do princípio até ao fim. Ele faz isso perfeita e completamente pela Sua graça maravilhosa.
O arminianismo é o coração e a alma da doutrina do Papismo e da heresia. O calvinismo é o coração e a alma da obra da salvação providenciada por nosso Deus bondoso. Deus nos salva gratuitamente pela Sua graça soberana.
“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e iluminam os olhos”. Salmo 19:7-8. “Toda a escritura é divinamente inspirada. E proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” II Timóteo 3:16-17.
A questão suprema é o que a Palavra de Deus ensina sobre este assunto. A validez de uma doutrina depende totalmente de que a Bíblia ensina. A nossa única regra de fé e prática são as Escrituras somente e sempre. Para determinar o que é a verdade, e o que não é a verdade, a opinião humana, nem a filosofia humana, nem a sabedoria humana pode entrar nos nossos pensamentos. A única fonte infalível que Deus nos deu para saber a verdade é a Sua Palavra. Então, vamos ver o que Deus diz na Sua Palavra sobre a graça de Deus na salvação.
A diferença entre estas doutrinas não é só uma coisa de ênfase, mas é o conteúdo bíblico delas. Alguns tentam dizer que são iguais e é somente uma diferença de ênfase. A pergunta que mostra que é uma diferença básica de doutrina bíblica é: Deus salva o homem perdido ou só ajuda o homem se salvar. Esta é uma diferença radical. O calvinismo prega que o Deus triúno salva o seu povo escolhido e o arminianismo prega que Deus está tentando salvar o pecador sem garantia que será salvo.
Os cinco pontos do calvinismo são inseparáveis. O resumo dos cinco pontos do calvinismo é: o Deus soberano salva o seu povo escolhido eternamente. A salvação vem do Senhor do princípio até ao fim. “O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda”. II Coríntios 1:10. Observe que neste versículo dá o três tempos da salvação: passado, presente e futuro. A salvação que Deus nos dá, é completa nEle e inteiramente pela graça.
Jesus Cristo e os Apóstolos ensinaram estas doutrinas da graça de Deus. Observe alguns versículos. Mateus 1:21; 11:25-27; 26:28. João 6:37-40, 44; 10:14-16, 26-30. Atos 13:48.
Efésios 1:3-14. Tiago 1:18. I Pedro 1:2. Apocalipse 17:8.
 “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela sua redenção que há em Jesus Cristo. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3:24-26.
 Autor: David Alfred Zuhars, Jr.
Pastor David Zuhars
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS
Rua Dr. João Maciel Filho, 207: 60.821-500 Fortaleza, CE
o Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Onde estão os Mortos ?


 
ONDE ESTÃO OS MORTOS?

 Desde os primórdios, os homens vêm se preocupando com este assunto, desejando saber para onde vão os mortos. São muitas as opiniões, principalmente dos religiosos, sobre o destino dos mortos. Existem aqueles que consideram a vida somente aqui, isto é, com a morte tudo acaba. Entre os religiosos, as divergências são muitas. Imaginam lugares ou situações das mais diversas para os mortos, tudo ao sabor de suas fantasias. mas a grande maioria hoje vive debaixo do astuto engano de Satanás, com seu logro da reencarnação.

No princípio ele disse a Eva: “É certo que não morreis”. (Gênesis 3:4).

 Hoje o homem não duvida da morte, sabe que um dia vai morrer. Então Satanás, o grande mentiroso, agora inventou outra mentira e diz ao homem: "É certo que vai morrer, mas não se preocupe, você vai reencarnar, tantas vezes quantas precisar, para se purificar de todo o mal”.

A palavra de Deus afirma exatamente o contrário: O homem morre uma só vez.

Veja o que está escrito em Hebreus 9:27:

“... Aos homens está ordenado morrer uma só vez e, depois disto, vem o juízo”.

A Bíblia diz que o Homem é tricótomo, dividido em:

Corpo: parte física do homem, sede dos sentidos;

Alma: sede das emoções, intelecto e vontade; e

Espírito: no espírito está a sede da intuição, consciência e adoração. A tricotomia tem base bíblica em:

1º Tessalonicenses 5:23; Hebreus 4:12 e Lucas 1:46 e 47. O Espírito é o que nos liga a Deus. Os animais não têm espírito, acabam quando morrem, mas o homem tem uma alma que é eterna. Se o espírito do homem é eterno, para onde vão os mortos? Sabemos que o corpo desce à terra e se transforma em pó, mas o espírito e a alma para onde vão?

Diante de Deus só há duas classes de pessoas no mundo, Justos e Injustos.

 Justos: São Aqueles que um dia foram justificados diante de Deus através da fé em Jesus Cristo (Romanos 5:1 e 9, 3:24). Estes são chamados de filhos de Deus (João 1:12, Gálatas 3:26, Efésios 2:19), membros de uma nação de propriedade exclusiva de Deus (Filipenses 3:20, 1 Pedro 2:9).

Injustos: São todos aqueles que ainda não foram justificados diante de Deus, e por conseguinte são todos culpados perante Deus e condenados, devido não crerem em Jesus Cristo como Senhor e suficiente Salvador de suas almas (João 3:18, 3:36). Estes são os filhos do Diabo. (1 João 3:8-10, 8:44, Efésios 2:2 e 3). Eles estão mortos espiritualmente e não podem entender as coisas espirituais (Efésios 2:1, 1Coríntios 2:14, Romanos 3:10, 23). A penalidade para eles é a morte (Romanos 3:23).

 
Há três espécies de morte:

 
Morte física: que é a separação da alma e espírito do corpo.

Morte espiritual: É a separação neste tempo presente entre o indivíduo e Deus, a mesma interrompe a comunhão e união do individuo com Deus. Esta é a condição de todas as pessoas que ainda não aceitaram Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas (Romanos 3:23 e Isaías 59:1-3).

Morte Eterna: Chamada também de segunda morte, que é a separação eterna entre o individuo e Deus. Vimos que diante de Deus só há duas classes de pessoas no mundo: Justos e injustos. Igualmente os que morrem nestas condições continuam divididos em duas classes após a morte física: Justos e Injustos.

A Bíblia nos fala de duas palavras: Sheol em Hebraico, e Hades no Grego, que significam o “mundo invisível dos mortos”, localizado em algum ponto abaixo da terra (Lucas 16:22, 23 e 26). OBS.: ver o diagrama. Os mortos justos: Até a ressurreição de Jesus, os justos desciam ao Hades para o compartimento do paraíso, que era chamado de “Seio de Abraão”, lugar de consolo (Lucas 16:22, 25) o ladrão que estava ao lado de Jesus na cruz e foi salvo, também desceu com Jesus a esse lugar (Lucas 23:43). Depois de sua morte, esteve Jesus três dias e três noites no coração da terra (Mateus 12:40). Ali Jesus anunciou sua vitória, e quando ressuscitou subiu às alturas levando cativo o cativeiro (Efésios 4:8-10, Salmo 68:18). Nesta ocasião Jesus transferiu o Paraíso do Hades, para o Terceiro Céu (2 Coríntios 12:1-4). O paraíso para onde vão os justos que hoje morrem não é mais o Hades, porém lá em cima, no Terceiro Céu. Lugar de gozo e plena consciência na presença do Senhor (2 Coríntios 5:8, Filipenses 1:23). Na hora da morte os salvos são imediatamente levados pelos Anjos para o Céu (Lucas 16:22). Na vinda para arrebatar a Igreja, Ele trará em Sua companhia os que lá estiverem para receberem seus corpos incorruptíveis, e estarem para sempre com o Senhor (1 Tessalonicenses 4:14-17, 1 Coríntios 15:52). Os justos não dormem no paraíso como se estivessem inconscientes, Lázaro consciente e consolado no Seio de Abraão (Lucas 16:25). Os mortos ímpios (Injustos): os ímpios que já morreram desde o tempo de Adão e os que continuam morrendo, vão para o Hades, lugar de tormento, inferno(Lucas 16:23). Ali permanecerão até o fim do reino milenar de Cristo aqui na terra, quando ressuscitarão para o julgamento do grande Trono Branco. Após este julgamento final, serão lançados no Lago de Fogo, Geena, que é o inferno definitivo e eterno (Apocalipse 20:11-15). O Geena, Lago de Fogo, não foi preparado para o homem, e sim para o Diabo e seus Anjos (Mateus 25:41). Mas as pessoas que rejeitam a Jesus Cristo também irão para o castigo eterno (Mateus 25:46, Apocalipse 20:15 e 21:8). A Localização do Geena, Lago de Fogo, que é o inferno definitivo e eterno, é atualmente desconhecida. Ninguém foi colocado lá até o tempo presente. Os primeiros a serem lançados ali serão a besta, que é o anticristo, e o falso profeta. Ambos serão lançados no final do período da tribulação (Apocalipse 19:20). Nesta ocasião Satanás será preso por mil anos, e quando se completarem os mil anos, ele será solto e também lançado no Lago de Fogo (Apocalipse 20:10). Depois do Milênio (Reino Milenar de Cristo), finalmente serão lançados ali os anjos caídos e todas as pessoas que rejeitarem a Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas (Mateus 21:41 e 46, Judas 6, Apocalipse 20:15 e 21:8). Os ímpios (Injustos) lançados no Hades estão em estado de consciência, em tormentos (Lucas 16:23). Neste estado permanecerão até o fim do milênio, quando ressuscitarão para o Julgamento Final, sendo pois lançados para dentro do Lago de Fogo (Apocalipse 20:15). Este será o estado eterno de todos aqueles que não receberam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

 Conclusão: Este mundo não é a habitação em que um sábio gostaria de viver para sempre. Os jovens e irrefletidos esperam encontrar a felicidade nesta terra, mas a experiência demonstra ser essa uma expectação vã e ilusória. Desapontamentos, cuidados e tristezas formam uma grande parte da vida humana e, a medida em que o fim da jornada se aproxima, podemos adotar a linguagem do patriarca Jacó: “Poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida (Gênesis 47:9). Esta triste realidade decorre do fato deste mundo estar sob a maldição de Deus, por estar cheio de pecado. E qual o homem sábio que desejaria viver para sempre em uma habitação que Deus tem amaldiçoado? Se este fosse o único mundo que existisse, seria conveniente que nós procurássemos obter dele o melhor. Mas temos provas abundantes de que existe um outro mundo. E uma revelação divina nos foi dada pela qual podemos aprender como obter uma herança nesse mundo, que será plena da mais pura felicidade e durará para sempre. Somos conclamados a desistir de toda esperança ilusória de bens terrenos, e a lançar mão da esperança que nos está proposta, que é segura e certa. Somos conclamados a desistir dos prazeres momentâneos desta presente vida, os quais não trazem satisfação, e a procurar a alegria substancial e eterna da vida por vir. A porção da sabedoria é obedecer a essa conclamação. Ainda um outro fato precisa ser considerado: concordemos ou não, teremos de deixar este mundo e tomar uma outra habitação eterna, seja de bem-aventurança ou infortúnio. Mesmo que dispuséssemos de todos os meios de deleite aqui neste mundo, nosso prazer não seria mais do que apenas momentâneo e jamais poderia ser comparado à perspectiva de felicidade ou perdição eternas. Rapidamente estamos passando por este mundo, rumo ao nosso lar eterno. Sejam muitos ou poucos os nossos confortos, neste lugar de peregrinação, esta é uma questão de muito pouca importância e indigna de suscitar em nós cuidados preocupantes. Mas é insensatez extrema não estar preocupados a respeito do mundo para onde nos dirigimos, e onde nossa condição se tornará imutável para sempre.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Ressurreição


RESSURREIÇÃO: Primeira e Segunda

 

 

Pergunta: "O que é a primeira ressurreição? O que é a segunda ressurreição?"

Resposta: 
Daniel 12:2 resume os dois destinos muito diferentes que a humanidade enfrenta: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno." Todo mundo vai ressuscitar dos mortos, mas nem todos irão compartilhar o mesmo destino. O Novo Testamento revela detalhes adicionais das ressurreições distintas para os justos e os injustos.

Apocalipse 20:4-6 menciona uma "primeira ressurreição" e identifica os envolvidos como "bem-aventurados e santos." A segunda morte (no lago de fogo, Apocalipse 20:14) não tem poder sobre essas pessoas. A primeira ressurreição, então, é o levantamento de todos os crentes. Corresponde ao ensinamento de Jesus da "ressurreição dos justos" (Lucas 14:14) e "ressurreição da vida" (João 5:29).

A primeira ressurreição ocorre em vários estágios. O próprio Jesus Cristo (as "primícias", 1 Coríntios 15:20) abriu o caminho para a ressurreição de todos os que creem nEle. Houve uma ressurreição dos santos de Jerusalém (Mateus 27:52-53), a qual deve ser incluída em nossa consideração da primeira ressurreição. Ainda por vir estão a ressurreição dos "mortos em Cristo" no retorno do Senhor (1 Tessalonicenses 4:16) e a ressurreição dos mártires no final da Tribulação (Apocalipse 20:4).

Apocalipse 20:12-13 identifica aqueles que fazem parte da segunda ressurreição como os ímpios sendo condenados por Deus no julgamento do grande trono branco, antes de serem lançados no lago de fogo. A segunda ressurreição, então, é o levantamento de todos os incrédulos e está ligada à segunda morte. Corresponde ao ensino de Jesus sobre a "ressurreição do juízo" (João 5:29).

O evento que divide a primeira e segunda ressurreições parece ser o reino milenar. Os últimos justos são ressuscitados para reinarem "com Cristo durante mil anos" (Apocalipse 20:4), mas "os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição" (Apocalipse 20:5).

Que grande alegria vai fazer parte da primeira ressurreição! Que grande angústia da segunda! Que responsabilidade temos de compartilhar o Evangelho! "Salvai-os, arrebatando-os do fogo" (Judas 23). 

 


 

Os Juizos Futuros


OS  JUÍZOS  FUTUROS

A- O Julgamento das Obras dos Crentes:
 Tempo: Depois do arrebatamento da Igreja.
Lugar: No céu.

Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os membros do Corpo de Cristo.

Base: Obras posteriores à salvação.
Resultado: Galardões ou perda de galardões.

Textos: 1Co 3.11-15; 2Co 15.10
 
B- O Julgamento das Nações (ou gentios):
 Tempo: Na segunda vinda de Cristo.
Lugar: Vale de Josafá.

Juiz: Cristo.

Participantes: Os gentios vivos na época da volta de Cristo.

Base: Tratamento dos “irmãos” de Cristo, ou seja, Israel.

Resultado: Os salvos entram no reino; os perdidos são lançados no lago de fogo.
Textos: Mt 25.31-46; Joel 3.2

 
C- O Julgamento de Israel:
 Tempo: Na segunda vinda de Cristo.
Lugar: Na terra, no “deserto dos povos” (Ez 20.35).

Juiz: Cristo.
Participantes: Judeus vivos ao tempo da segunda vinda de Cristo.

Base: Aceitação do Messias.
Resultado: Os salvos entrarão no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo.

Textos: Ez 20.33-38
 
D- O Julgamento dos Anjos Caídos:
 
Tempo: Provavelmente depois do milênio.
Lugar: Não especificado.

Juiz: Cristo e os crentes.
Participantes: Anjos caídos.

Base: Desobediência a Deus ao seguirem a satanás em sua revolta.
Resultado: Lançados no lago de fogo.

Textos: Judas 6; 1Co 6.3
 
E- O Julgamento dos Mortos Não-Redimidos:
Tempo: Depois do Milênio.
Lugar: Perante o Grande Trono Branco.

Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os não-salvos desde o princípio da humanidade.

Base: O que os faz serem julgados é a rejeição da salvação em Cristo, mas o fogo do juízo é a demonstração de que eles merecem o castigo eterno por causa de suas próprias obras de perversidade.
Resultados: O lago de fogo.

Textos: Ap 20.11-15
 
Fonte: www.vivos.com.br

Espírito Santo no AT



ESPÍRITO  SANTO NO A.T.

 
Pergunta: "Qual foi o papel do Espírito Santo no Antigo Testamento?"

Resposta: 
O papel do Espírito Santo no Antigo Testamento é muito parecido com o seu papel no Novo Testamento. Quando falamos do papel do Espírito Santo, podemos discernir quatro áreas gerais nas quais o Espírito Santo trabalha: 1) regeneração, 2) habitação (ou enchimento), 3) contenção e 4) capacitação para o serviço. Evidências dessas áreas do trabalho do Espírito Santo são tão presentes no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento.

A primeira área do trabalho do Espírito está no processo de regeneração. Uma outra palavra para regeneração é "renascimento", do qual obtemos o conceito de “nascer de novo”. O texto de prova clássico para isto pode ser encontrado no evangelho de João: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo" (João 3:3). Isso levanta a questão: o que isso tem a ver com a obra do Espírito Santo no Antigo Testamento? Mais tarde, em seu diálogo com Nicodemos, Jesus diz-lhe: "Você é mestre em Israel e não entende essas coisas?" (João 3:10). O ponto que Jesus estava destacando é que Nicodemos deveria saber a verdade de que o Espírito Santo é a fonte de vida nova porque isso é revelado no Antigo Testamento. Por exemplo, Moisés disse aos israelitas antes de entrar na Terra Prometida que "O Senhor, o seu Deus, dará um coração fiel a vocês e aos seus descendentes, para que o amem de todo o coração e de toda a alma e vivam" (Deuteronômio 30:6). Esta circuncisão do coração é a obra do Espírito de Deus e pode ser realizada somente por Ele. Vemos também o tema da regeneração em Ezequiel 11:19-20 e Ezequiel 36:26-29.

O fruto do trabalho regenerador do Espírito é a fé (Efésios 2:8). Agora sabemos que havia homens de fé no Antigo Testamento porque Hebreus 11 nomeia muitos deles. Se a fé é produzida pelo poder regenerador do Espírito Santo, então este deve ser o caso dos santos do Antigo Testamento, os quais olhavam adiante para a cruz, acreditando que o que Deus havia prometido em relação à sua redenção iria acontecer. Eles viram as promessas "de longe e de longe as saudaram" (Hebreus 11:13), aceitando pela fé que Deus realizaria o que prometera.

O segundo aspecto da obra do Espírito no Antigo Testamento é habitar, ou seja, encher. Aqui é onde a principal diferença entre os papéis do Espírito no Antigo e Novo Testamento é aparente. O Novo Testamento ensina a habitação permanente do Espírito Santo nos crentes (1 Coríntios 3:16-17; 6:19-20). Quando colocamos nossa fé em Cristo para a salvação, o Espírito Santo vem morar dentro de nós. O Apóstolo Paulo chama isso de habitação permanente, a "garantia da nossa herança" (Efésios 1:13-14). Em contraste com este trabalho no Novo Testamento, a habitação no Antigo Testamento era seletiva e temporária. O Espírito "apoderava-se" de certas pessoas do Antigo Testamento como Josué (Números 27:18), Davi (1 Samuel 16:12-13) e até Saul (1 Samuel 10:10). No livro de Juízes, vemos o Espírito "apoderando-se" dos vários juízes que Deus tinha levantado para libertar Israel de seus opressores. O Espírito Santo veio sobre estes indivíduos para tarefas específicas. A habitação era um sinal do favor de Deus sobre aquele indivíduo (no caso de Davi), e se o favor de Deus abandonava uma pessoa, o Espírito sairia (por exemplo, no caso de Saul em 1 Samuel 16:14). Finalmente, o Espírito "apoderando-se" de um indivíduo nem sempre indicava a condição espiritual da pessoa (por exemplo: Saul, Sansão e muitos dos juízes). Assim, enquanto no Novo Testamento o Espírito só habita os crentes e de uma forma permanente, o Espírito veio sobre certos indivíduos do Antigo Testamento para uma tarefa específica, independentemente da sua condição espiritual. Uma vez que a tarefa foi concluída, o Espírito presumivelmente saía dessa pessoa.
O terceiro aspecto da obra do Espírito no Antigo Testamento é a Sua contenção do pecado. Gênesis 6:3 parece indicar que o Espírito Santo restringe a pecaminosidade do homem, e que essa restrição pode ser removida quando a paciência de Deus sobre o pecado chegar a um "ponto de ebulição". Este pensamento é repetido em 2 Tessalonicenses 2:3-8, quando no fim dos tempos uma crescente apostasia vai sinalizar a vinda do juízo de Deus. Até o tempo predeterminado quando o "homem do pecado" (v. 3) será revelado, o Espírito Santo restringe o poder de Satanás e o soltará apenas quando fazê-lo cumprir os Seus propósitos.

O quarto e último aspecto da obra do Espírito no Antigo Testamento é a concessão da capacidade para o serviço. Muito parecido com a maneira em que os dons espirituais operam no Novo Testamento, o Espírito capacita certos indivíduos para o serviço. Considere o exemplo de Bezalel em Êxodo 31:2-5, o qual foi dotado para fazer muito do trabalho de arte relacionado com o Tabernáculo. Além disso, recordando a habitação seletiva e temporária do Espírito Santo discutida acima, vemos que estes indivíduos foram dotados para executar determinadas tarefas, assim como reinar sobre o povo de Israel (por exemplo, Saul e Davi).

Poderíamos mencionar também o papel do Espírito na criação. Gênesis 1:2 fala do Espírito "pairando sobre as águas" e superintendendo a obra da criação. De forma semelhante, o Espírito é responsável pela obra da nova criação (2 Coríntios 5:17) ao trazer pessoas ao reino de Deus através da regeneração.

Ao todo, o Espírito em grande parte realiza na nossa época atual as mesmas funções que nos tempos do Antigo Testamento. A principal diferença é a habitação permanente do Espírito nos crentes agora. Como Jesus disse a respeito dessa mudança no ministério do Espírito: "Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês" (João 14:17).


 
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Deus quer Salvar todos


DEUS QUER SALVAR TODOS ?

Se Deus quer que todos sejam salvos, por que não salva todos?

Sua dúvida é em 1 Timóteo 2:4 "Paulo estaria falando de todos os homens (seres humanos)? ou estará falando apenas nos homens que podem receber a verdade ou chegar ao conhecimento desta?"

O desejo de Deus é esse para TODOS os homens. Não podemos isolar este versículo de seu contexto que fala do modo como devemos agir para com todos os homens (versículos 1 ao 3):

1Tm 2:1-4 "Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade". 
#"sejam salvos", porque sabemos que ninguém se salva a si mesmo.

Considerando os versículos anteriores fica claro que aqui Paulo está falando da disposição que devemos ter para com todos os homens, que é também a disposição de Deus. Mas sabemos que nem todos serão salvos e este conhecimento pode nos levar a tratar alguns com menor atenção do que outros, ou limitar a pregação do evangelho apenas àqueles que "achamos" que serão salvos, o que é um erro grave.

Deus não limitou seu evangelho: ele é proclamado em todos os lugares, apesar de nem sempre encontrar ouvidos receptivos. Então Deus realmente está colocando a salvação à disposição de todos e essa também deve ser a disposição do coração de todo aquele que crê: interceder por todos os homens.

O assunto aqui não são os conselhos eternos de Deus, a eleição ou predestinação, ou aqueles que o Pai dá ao Filho para que sejam salvos. O assunto é a disposição para com todos os homens em graça, algo que é compatível com o amor de Deus (que não precisava salvar ninguém, mas quis fazê-lo) e deve ser também com o amor que devemos demonstrar para com todos os homens.
Deus fez a obra, enviou Seu Filho para morrer, ressuscitou-O de entre os mortos e abriu, por assim dizer, as inscrições para o céu. É pegar ou largar, e ninguém saberá se pegou por ter sido escolhido antes da fundação do mundo antes de pegar, ou seja, crer no Salvador. No que diz respeito ao evangelho, a porta está aberta para todos porque Cristo morreu por TODOS, mas "apenas "MUITOS serão salvos, aqueles cujas iniquidades Cristo levou sobre Si.

2Co 5:15 "E ele morreu por TODOS"

Isaias 53:11 "O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a MUITOS, porque as iniquidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei a parte de muitos e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ELE LEVOU SOBRE SI O PECADO DE MUITOS e pelos transgressores intercedeu". ".

 
Heb 9:28 "assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de MUITOS aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação".

Todavia, no que diz respeito aos desígnios eternos de Deus, "os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou". Rm 8:29

Uma coisa não é incompatível com a outra simplesmente porque quando olhamos a figura mais ampla aprendemos que é assim que é, porque é assim que Deus fez. Não há o que discutir com Ele. Quando olhamos com desconfiança os desígnios de Deus acabamos duvidando do Seu amor, mas isso é só porque somos humanos, imperfeitos e incapazes de compreender o quadro todo. Uma criança não compreende muitas coisas que só poderá compreender quando chegar à fase adulta. Qualquer conclusão que uma criança venha a tirar enquanto é criança estará baseada em seu conhecimento parcial da vida. Em que fase está o nosso entendimento das coisas de Deus? Para certas coisas não podemos tirar conclusões, apenas crer que são assim porque Deus as revelou dessa maneira.

Eu sei que às vezes certas coisas parecem injustiça quando julgadas por nossa mente carnal e com as limitações que temos. Assim muitos erroneamente consideram uma injustiça Deus salvar apenas alguns enquanto os outros continuarão em sua condição de condenados. Mas se usássemos o mesmo tipo de julgamento poderíamos muito bem considerar que é uma injustiça Deus salvar quem quer que seja! A explicação é simples: pela Bíblia sabemos que "não há ninguém que busque a Deus" Rom 3:11. Oras, falando humanamente, um salvo poderia muito bem reclamar: "Por que fui salvo se não era isso que eu queria?".

Como nossa passagem de Timóteo está falando da disposição de Deus para com todos os homens no que diz respeito ao evangelho, ela não nos fala de eleição ou predestinação, mas de responsabilidade também, e é por isso que o versículo continua falando do conhecimento da Verdade e de que há um só Mediador. No final descobriremos que aqueles que foram salvos não o foram por sua própria vontade, mas pelos desígnios de Deus e por graça somente. Aqueles que não foram salvos não o foram simplesmente porque não queriam ser, uma condição que é comum a todos os seres humanos antes de nascerem de novo e receberam vida vinda de Deus, para que possam sentir o peso de seus pecados e crerem no Salvador.

Rom 11:33, 34 "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?"

Arrebatamento e 2ª Vinda

Pergunta: "Qual é a diferença entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo?"

Resposta: 
O Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar quando a Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No entanto, ao estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante poder diferenciar entre os dois.
O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna para remover a igreja (todos os seguidores de Cristo) da terra. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:50-54. Os crentes que já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os crentes que ainda vivem, vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá em um momento, em um piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna para derrotar o anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A Segunda Vinda é descrita em Apocalipse 19:11-16. 

As diferenças importantes entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são:

(1) No Arrebatamento, os crentes vão se encontrar com o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Na Segunda Vinda, os crentes vão retornar com o Senhor à terra (Apocalipse 19:14). 

(2) A Segunda Vinda ocorre depois do grande e horrível período da Tribulação (Apocalipse capítulos 6-19). O arrebatamento ocorre antes da Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).

(3) O Arrebatamento é a remoção dos crentes da terra como um ato de libertação (1 Tessalonicenses 4:13-17; 5:9). A Segunda Vinda inclui a remoção dos incrédulos como um ato de julgamento (Mateus 24:40-41).

(4) O Arrebatamento vai ser “secreto” e instantâneo (1 Coríntios 15:50-54). A Segunda Vinda vai ser visível a todos (Apocalipse 1:7; Mateus 24:29-30).

(5) A Segunda Vinda de Cristo não vai ocorrer até depois de certos eventos dos fins dos tempos acontecerem (2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15-30; Apocalipse capítulos 6-18). O Arrebatamento é iminente, pode acontecer a qualquer momento (Tito 2:13; 1 Tessalonicenses 4:13-18; 1 Coríntios 15:50-54).

Por que é importante manter o Arrebatamento e a Segunda Vinda distintos?

(1) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, os crentes teriam que passar pela Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).

(2) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, o retorno de Cristo não é iminente... há várias coisas que precisam acontecer antes do Seu retorno (Mateus 24:4-30).

(3) Ao descrever o período da Tribulação, Apocalipse capítulos 6-19 em nenhum lugar menciona a igreja. Durante a Tribulação — também chamada de “tempo de angústia para Jacó” (Jeremias 30:7) — Deus vai voltar a sua atenção principal à nação de Israel (Romanos 11:17-31).
O Arrebatamento e a Segunda Vinda são semelhantes mas eventos separados. Os dois envolvem Jesus retornando. Os dois são eventos do fim dos tempos. No entanto, é crucialmente importante reconhecer as diferenças. Em resumo, o Arrebatamento é o retorno de Cristo às nuvens para remover os crentes da terra antes do tempo da ira de Deus. A Segunda Vinda é o retorno de Cristo à terra para dar um fim ao período da Tribulação e derrotar o anticristo e seu império mundial diabólico.

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Revelação Progressiva


REVELAÇÃO PROGRESSIVA

"O que é uma revelação progressiva no que se refere à salvação?"

Resposta:
O termo "revelação progressiva" refere-se à ideia e ensino de que Deus revelou vários aspectos da Sua vontade e plano geral para a humanidade em diferentes períodos de tempo – conhecidos como "dispensações" por alguns teólogos. Para os dispensacionalistas, uma dispensação é uma economia distinguível (ou seja, uma condição ordenada das coisas) na realização do propósito de Deus. Embora os dispensacionalistas debatam o número de dispensações que ocorreram ao longo da história, todos acreditam que Deus revelou apenas certos aspectos de Si mesmo e Seu plano de salvação em cada dispensação, com cada uma se desenvolvendo sobre a anterior.

Embora os dispensacionalistas acreditem na revelação progressiva, é importante ressaltar que não é necessário ser um dispensacionalista para adotar a revelação progressiva. Quase todos os estudantes da Bíblia reconhecem o fato de que certas verdades contidas nas Escrituras não foram totalmente reveladas por Deus para as gerações anteriores. Qualquer pessoa hoje que não sacrifique um animal quando pretende aproximar-se de Deus ou que adore a Deus no primeiro dia da semana ao invés de no último entende que tais distinções na prática e conhecimento têm sido progressivamente reveladas e aplicadas ao longo da história.

Além disso, há questões mais importantes sobre o conceito da revelação progressiva. Um exemplo é o nascimento e a composição da Igreja, de que Paulo fala: "Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós gentios... Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi, pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Efésios 3:1-6).

Paulo afirma quase a mesma coisa em Romanos: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé” (Romanos 16:25-26).

Em discussões sobre a revelação progressiva, uma das primeiras perguntas que as pessoas têm é como se aplica à salvação. Foram aqueles que viveram antes do primeiro advento de Cristo salvos de uma maneira diferente do que as pessoas são salvas hoje? Na era do Novo Testamento, as pessoas devem colocar a sua fé na obra consumada de Jesus Cristo, crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, e serão salvos (Romanos 10:9-10, Atos 16:31). No entanto, Allen Ross, um especialista do Antigo Testamento, observa: "É muito improvável que todos os que acreditavam para obter a salvação [no Antigo Testamento] conscientemente acreditavam na morte de Jesus Cristo, o Filho de Deus." John Feinberg acrescenta: "As pessoas da era do Antigo Testamento não sabiam que Jesus era o Messias, que Jesus iria morrer, e que a sua morte seria a base da salvação." Se Ross e Feinberg estão corretos, então o que exatamente Deus revelou aos que viveram antes de Cristo, e como eram os santos do Antigo Testamento salvos? O que, se alguma coisa, mudou na salvação do Antigo Testamento para a salvação do Novo Testamento?
Revelação Progressiva - Dois Caminhos ou Um Caminho de Salvação?
Alguns afirmam que aqueles que defendem a revelação progressiva acreditam em dois métodos diferentes de salvação – um que estava em vigor antes da primeira vinda de Cristo, e outro que surgiu depois da sua morte e ressurreição. Tal afirmação é refutada por LS Chafer, que escreve: "Há duas maneiras pelas quais um pode ser salvo? Em resposta a esta pergunta pode-se afirmar que a salvação de qualquer criatura é sempre a obra de Deus em favor do homem e nunca uma obra do homem em nome de Deus. . . . Há, portanto, apenas uma maneira de ser salvo e isso é pelo poder de Deus tornado possível pelo sacrifício de Cristo. "

Se isso for verdade, então como podem as revelações no Antigo e Novo Testamento a respeito da salvação se reconciliar? Charles Ryrie resume a questão de forma sucinta desta forma: "A base da salvação em qualquer época é a morte de Cristo; o requisito para a salvação em qualquer época é a fé; o objeto da fé em qualquer época é Deus; o conteúdo da fé muda nas diferentes épocas." Em outras palavras, não importa quando uma pessoa tenha vivido, a sua salvação, em última análise, depende da obra de Cristo e de uma fé colocada em Deus, mas a quantidade de conhecimento que uma pessoa tinha sobre os detalhes do plano de Deus tem aumentado durante os séculos através da revelação progressiva de Deus.

Quanto aos santos do Antigo Testamento, Norman Geisler oferece o seguinte: "Em suma, parece que os requisitos para a salvação no Antigo Testamento no máximo (em termos de crença explícita) foram (1) a fé na unidade de Deus, (2) o reconhecimento da pecaminosidade humana, (3) aceitação da graça necessária de Deus e, possivelmente, (4) o entendimento de que o Messias estava por vir."

Há evidência nas Escrituras para apoiar a reivindicação de Geisler? Considere esta passagem no Evangelho de Lucas, a qual contém os primeiros três requisitos:


"Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado" (Lucas 18:10-14).

Este evento ocorreu antes da morte e ressurreição de Cristo, por isso envolve claramente uma pessoa que não tem conhecimento da mensagem do evangelho como articulada hoje no Novo Testamento. Na declaração simples do coletor de impostos ("Deus, sê propício a mim, o pecador!"), encontramos (1) uma fé em Deus, (2) um reconhecimento do pecado, e (3) uma aceitação da misericórdia. Então Jesus faz uma declaração muito interessante: Ele diz que o homem foi para casa “justificado.” Este é o termo exato usado por Paulo para descrever a posição de um santo do Novo Testamento que acreditou na mensagem do evangelho e colocou a sua confiança em Cristo: "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1).

O quarto na lista de Geisler está em falta na narrativa de Lucas - a compreensão de um Messias que estava por vir. No entanto, outras passagens do Novo Testamento indicam que este pode ter
sido um ensino comum. Por exemplo, no relato de João sobre Jesus e a mulher samaritana no poço, a mulher diz: "Eu sei que vem o Messias {que se chama o Cristo}; quando ele vier há de nos anunciar todas as coisas" (João 4:25). No entanto, como o próprio Geisler reconheceu, a fé no Messias não foi era algo que "tinham que ter" para a salvação no Antigo Testamento.                   

Revelação Progressiva - Mais Evidência das Escrituras

Uma rápida pesquisa das Escrituras revela os seguintes versículos tanto no Antigo quanto no Novo Testamento que suportam o fato de que a fé em Deus sempre foi o caminho da salvação:

• “E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça” (Gênesis 15:6).

• “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2:32).

• “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados” (Hebreus 10:4).

• “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho” (Hebreus 11:1-2).

• “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

As Escrituras dizem claramente que a fé é a chave para a salvação para todos os povos ao longo da história, mas como poderia Deus salvar as pessoas sem conhecimento do sacrifício de Cristo a seu favor? A resposta é que Deus as salvou com base em sua resposta ao conhecimento que tinham. Sua fé aguardava algo que não podiam ver, enquanto que hoje, os crentes olham para trás em eventos que podem ver. O gráfico a seguir ilustra esse entendimento:

A Bíblia ensina que Deus tem sempre dado às pessoas revelação suficiente para exercer fé. Agora que a obra de Cristo tem sido concretizada, a exigência mudou; os "tempos da ignorância" acabaram:

• "o qual nos tempos passados permitiu que todas as nações andassem nos seus próprios caminhos. Contudo não deixou de dar testemunho de si mesmo" (Atos 14:16)

• "Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam" (Atos 17:30)

• "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos" (Romanos 3:25).

Antes da vinda de Cristo, Deus estava prenunciando a morte de Jesus através do sistema de sacrifício e condicionando o Seu povo a compreender que o pecado leva à morte. A Lei foi dada para ser um tutor e levar as pessoas ao entendimento de que eram pecadoras necessitadas da graça de Deus (Gálatas 3:24). Mas a lei não revogou a anterior aliança com Abraão, a qual era baseada na fé; é a aliança de Abraão que é o padrão para a salvação hoje (Romanos 4). Mas, como Ryrie afirmou acima, o conteúdo detalhado da nossa fé - o tanto de revelação dada - tem
aumentado ao longo dos tempos ao ponto que as pessoas hoje têm uma compreensão mais direta do que Deus requer deles.

Revelação Progressiva - Conclusões

Referindo-se à revelação progressiva de Deus, João Calvino escreve: "O Senhor susteve esta economia e esta ordem na administração do pacto de sua misericórdia, de sorte que, quanto mais com o correr do tempo se aproximava o dia da plena revelação, com tanto maior clareza o quis anunciar. Assim, no início, quando a primeira promessa de salvação foi dada a Adão (Gênesis 3:15), ela brilhou como uma faísca fraca. Então, ao ser a ela adicionada, a luz cresceu em plenitude, rompendo cada vez mais e derramando o seu brilho mais amplamente. Finalmente - quando todas as nuvens se dispersaram - Cristo, o Sol da Justiça, plenamente iluminou toda a Terra" (Institutas, 2.10.20).

A revelação progressiva não significa que o povo de Deus no Antigo Testamento não tinha qualquer revelação ou compreensão. Aqueles que viveram antes de Cristo, diz Calvino, não estavam "sem a pregação que contém a esperança de salvação e de vida eterna, mas. . . eles só tinham um vislumbre de longe e em um esboço sombrio aquilo que vemos hoje em plena luz do dia" (Institutas, 2.7.16; 2.9.1; comentário sobre Gálatas 3:23).

O fato de que ninguém é salvo sem a morte e ressurreição de Cristo é claramente indicado na Escritura (João 14:6). A base da salvação tem sido, e sempre será, o sacrifício de Cristo na cruz, e o meio de salvação sempre tem sido a fé em Deus. No entanto, o conteúdo da fé de uma pessoa sempre dependia da quantidade de revelação que Deus estava contente em dar em um determinado tempo.

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