Propósito da Igreja:
Propósito da Igreja: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Atos 2:42
domingo, 25 de dezembro de 2016
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Por que sou reformado?
Atualmente, mais que há algum tempo, algo tem acontecido no cenário “evangelical” brasileiro. Muitas pessoas, em sua maioria jovens, têm crescido em igrejas onde não há uma doutrina bíblica, ou onde esta é negligenciada; igrejas que possuem uma forma de culto e toda uma cultura carregada de elementos contemporâneos, mas que dão pouquíssima ou nenhuma ênfase ao seu passado como tradição, ou mesmo como origem. Em dado momento, essas pessoas são confrontadas com uma teologia denominada “reformada”.
A princípio, há um choque com a maioria dos dogmas que aprenderam desde que se entendem por cristãs. “Tenho livre-arbítrio ou não?”, “Afinal de contas, posso perder minha salvação, ou ela é permanente?”, “Se Deus já predestinou todas as coisas, por que orar?”, “Se Deus é soberano, e nada acontece sem que ele queira, Ele criou o mal?”. São esses alguns dos questionamentos mais comuns que assombram a mente dos recém-reformados. Muitos, sem saberem ao certo de onde surgiram tantas doutrinas, ficam totalmente perdidos, como nunca ouviram falar delas antes de alguém lhes apresentá-las.
Ser reformado implica ser pertencente a um grupo de pessoas que têm toda sua tradição e doutrinas cristãs originadas na Reforma Protestante: um movimento que veio à tona no século XVI e que trouxe de volta o ensino correto da Palavra de Deus. A Reforma trouxe a libertação do erro que obrigava pessoas a simplesmente aceitarem o que lhes era dito, sem que ao menos pudessem ter a possibilidade de conferir por elas mesmas o que era pregado, o exato oposto do que fizeram os crentes bereianos (At 17.10,11). Seu marco foi a fixação de 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg, em 31 de Outubro de 1517, por um monge chamado Martin Luther (Martinho Lutero). Lutero almejava a restauração da Igreja que havia se corrompido pregando falsas doutrinas – a exemplo da salvação pelas obras, através da aquisição de indulgências (documentos que forneciam o perdão de pecados para as pessoas que as adquirissem, ou para um familiar que havia morrido).
No entanto, a Reforma tem seu início bem antes, assim como teve um alcance muito maior. Em meados do século XIV, um professor inglês por nome John Wicliff, foi o precursor do movimento de reforma religiosa que abalou a Europa em seu tempo. Wicliff também desenvolveu 33 teses, que, por sua vez, questionavam o poder do Papa ao escravizar os fiéis ao erro, afastando-os de uma compreensão correta acerca de doutrinas contidas nas Escrituras. Anos mais tarde, passando por muitos outros nomes, como John Huss, Lutero, chegamos até John Calvin (João Calvino), que teve enorme peso no tocante à sistematização e avanço do movimento. O trabalho que Calvino desempenhou na Suíça, também no século XVI, foi importantíssimo para a consolidação do movimento. Seu esforço árduo permitiu que ele escrevesse inúmeros livros e artigos que defendiam o ensino das Escrituras Sagradas. Sua interpretação fiel ao texto ensinando-a ao povo foi, como todos os outros reformadores, o ponto-chave para que a Reforma pudesse alcançar seu objetivo principal: trazer de volta ao centro a importância da Palavra de Deus como regra de fé e prática.
Os reformadores tiveram como base de trabalho, cinco pontos que puderam nortear todo o seu empenho. Esses pontos ficaram conhecidos mais tarde como As Cinco Solas: Sola Gratia (Só a Graça), Sola Fide (Só a Fé), Sola Scriptura (Só a Escritura), Solus Christus (Só a Cristo) e Soli Deo Gloria (Só a Deus a Glória). Como já percebemos de todos esses pontos, o que mais se destaca como foco de atuação dos reformadores é o Sola Scriptura. Mas por quê?
Desde a criação do homem, Deus têm revelado Sua vontade por meio de Sua Palavra: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo:
De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” ( Gn 2.16,17). Sem ela não poderíamos conhecer a mente do Criador, tampouco o que Ele deseja de nós. Ficaríamos, portanto, presos ao pecado e ao erro. E foi exatamente o que aconteceu durante toda a Idade Média. A igreja Católica privou o povo do ensino correto das Escrituras, substituindo pela tradição eclesiástica; ou seja, a regra de fé e de prática não era mais o que havia sido dito por Deus, mas, agora, pelo que a igreja dizia ser a Sua vontade.
A Palavra de Deus revela que “Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” ( Hb 11.6); bem como que “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10.17). Desta forma, é evidente que a Bíblia tem um fator primordial no plano de salvação, e que sem ela é impossível alcançá-lo. Os reformadores entenderam isso, e como reação, batalharam para trazer de volta ao centro da vida a Palavra do Senhor de forma fiel e pura, assim como foi deixada pelo Espírito Santo para que fosse usada.
Quando se pensa em Reforma em nossos dias, os primeiros nomes ou imagens que nos vêm à mente são Lutero ou Calvino, ou ainda outros nomes de pastores ou de igrejas; quando, na verdade, isso não configura seu o real significado. Ao pensar sobre Reforma, deveríamos ter em mente as Sagradas Escrituras, pois toda a luta reformada, conforme mencionado, se direcionou em trazer ao centro da vida das pessoas o conhecimento da perfeita vontade de Cristo, contidas na Palavra, permitindo que ela regesse suas vidas, cultuassem, trabalhassem da forma como o Senhor deseja.
Ser reformado vai bem mais além do que simplesmente ter um “vocabulário teológico” ou saber responder as perguntas que foram feitas no início do texto. Ser reformado significa carregar uma tradição que teve como base o amor e apego à Palavra de Deus, e o respeito a ela. É entender que, se podemos hoje ser cristãos, se deve ao fato de que o Criador, em sua providência, levantou homens para pregar Sua palavra, quando tudo ao redor, na verdade, conspirava para que ela fosse esquecida. Assim, pessoas conheceram seu conteúdo e foram chamadas por Deus a pregarem o Evangelho em outras partes do mundo, chegando, então, até nós.
A Reforma é um brado de vitória em um mundo escravizado e marcado pelo pecado e pelo afastamento da vontade de Deus contida em Sua palavra. Então, ao lembrar de que você é reformado, ou quando se deparar com este nome, lembre-se da herança que você herdou e da responsabilidade que agora tem de manter acesa a chama do amor a esta Palavra. Lembre-se que muitos homens deram suas vidas em amor a Cristo, e em dedicação ao que ela ensina.
Que o Criador sorria para nós, e nos ajude a percebermos quão sagrada é Sua Escritura, e quão maravilhoso é ter sido agraciado por Deus com algo tão poderoso capaz de mudar a mente e o coração do homem, ao fazer com o que abandone o pecado e se torne graciosamente a Ele. Que sejamos sempre gratos a Ele, por agir com misericórdia para conosco, a ponto de fazer explodir um movimento que traria de volta ao centro aquilo é a lâmpada para os nossos pés, e luz para nosso caminho: SOLA SCRIPTURA!
22 anos, cristão, escritor, blogueiro. Estudante de teologia. Membro da Igreja Presbiteriana de Jardim São Paulo, Recife – Pernambuco.
O que é Fé Reformada?
"O que é Teologia Reformada?"
Resposta: De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema de crença que traça suas raízes à Reforma Protestante do século 16. Claro que os Reformadores basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica.
Geralmente, teologia Reformada defende a autoridade das Escrituras, a soberania de Deus, salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de evangelismo.
Autoridade das Escrituras. Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática.
Soberania de Deus. Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado.
Salvação pela graça. Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):
T- Depravação Total do Homem (Total depravity).O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravidade total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).
U – Eleição incondicional (Unconditional election). Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).
L- Expiação limitada (Limited Atonement). Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).
I - Graça irresistível (Irresistible Grace). Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (João 6:37,44; 10:16).
P – Perseverança dos santos (Perseverance of the saints). Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).
A necessidade de evangelismo. Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo.
Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja),Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Prebisteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.
www.gotquestions.org
Resposta: De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema de crença que traça suas raízes à Reforma Protestante do século 16. Claro que os Reformadores basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica.
Geralmente, teologia Reformada defende a autoridade das Escrituras, a soberania de Deus, salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de evangelismo.
Autoridade das Escrituras. Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática.
Soberania de Deus. Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado.
Salvação pela graça. Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):
T- Depravação Total do Homem (Total depravity).O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravidade total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).
U – Eleição incondicional (Unconditional election). Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).
L- Expiação limitada (Limited Atonement). Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).
I - Graça irresistível (Irresistible Grace). Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (João 6:37,44; 10:16).
P – Perseverança dos santos (Perseverance of the saints). Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).
A necessidade de evangelismo. Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo.
Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja),Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Prebisteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.
www.gotquestions.org
Por que fé Reformada?
Por que Fé Reformada?
Assumimos este nome "Reformada" de forma proposicional porque nos ajuda a explicar algo de nossas raízes histórica e teológica. Nós mantemos um corpo de confissões teológicas comumente chamadas de Fé Reformada - aquelas verdades da Palavra de Deus que foram afirmadas pela igreja primitiva e reavivadas pela Reforma Protestante. Verdades bíblicas tais como Sola Fide (justificação somente pela fé), Sola Gratia (salvação somente pela graça de Deus), Solus Christus (Cristo somente, o Salvador dos pecadores), Sola Scriptura (a Bíblia, e somente ela, como base de fé e prática) e Soli Deo Gloria (a Deus somente, toda glória na salvação dos pecadores), entre os grandes pilares da Fé Reformada.
Talvez mais conhecida por sua doutrina da salvação, a Fé Reformada ensina (assim como ensinam as Escrituras) que antes do mundo ter sido criado, Deus o Pai, soberanamente, escolheu certos pecadores para a salvação de acordo com o Seu beneplácito (Ef 1.3-5). A Seu próprio tempo, Deus o Filho veio e morreu pelos pecados dos escolhidos (Jo 10.14-18). Na conversão, Deus o Espírito Santo, trabalhando em harmonia com o decreto do Pai e a morte do Filho, aplica a obra de redenção ao eleito (Tt 3.5). Quando dizemos que somos Reformados, estamos afirmando que abraçamos como bíblico, o sistema de teologia comumente chamado de doutrinas da graça - aquelas doutrinas que afirmam a depravação total do homem, a natureza incondicional da eleição, o propósito particular ou limitado da redenção, o chamamento irresistível e eficaz, e a perseverança e preservação dos santos. Muitos dos grandes nomes da história da igreja estão associados a estas doutrinas. Enfatizamos, entretanto, que mantemos estas verdades, não simplesmente porque Agostinho, Calvino, Edwards, Spurgeon e outros grandes nomes da história da igreja também as abraçaram, mas porque assim Jesus como os apóstolos claramente as ensinaram.
A Fé Reformada, porém, abrange muito mais que a bíblica doutrina da salvação. Seus ensinos enfatizam ainda, o que concerne a outras verdades de grande importância como, por exemplo, a maneira em que nós, como crentes, devemos viver neste mundo e, ainda, como a igreja deve levar adiante a pregação do Evangelho, como conduzir nosso culto de adoração a Deus, e também como nossas igrejas devem ser governadas. Deste entendimento teológico emanaram grandes confissões, credos e catecismos Reformados. Entre os mais proeminentes estão os Cânones do Sínodo de Dort, a Confissão de Fé e o Catecismo de Westminster e a Confissão de Fé e o Catecismo de Heidelberg. [...]
Também usamos este termo "Reformada" pelo motivo de estarmos buscando reformar-nos a nós mesmos e às nossas igrejas de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus, a Bíblia. Em nossos dias com frequência ouvimos chamados de muitos púlpitos para uma reforma da igreja. Porém, tais chamados, em muitos casos, visam ao esforço de mover a igreja para ainda mais distante de suas raízes bíblicas e históricas, na direção do que é moderno, contemporâneo e inovador: uma teologia centrada no homem e seus interesses físicos e seculares. Existem, sem dúvida, muitas reformas em progresso, mas não conformadas aos padrões bíblicos, e onde o poder de Deus, Sua majestade e glória são omitidos, se não totalmente relegados ao esquecimento. Ao nos declararmos “Reformados”, estamos fazendo de nosso alvo e ambição nos posicionarmos cada vez mais em alinhamento com as Escrituras. Neste sentido, o termo “Reformado” não tem conotação estática. Desejamos fazer o caminho de volta às Escrituras, examinando-nos constantemente. E não o fazemos simplesmente porque os Puritanos do passado o fizeram, ou porque outros Reformados contemporâneos o fazem. Nós almejamos fazer tudo o que vemos revelado em nossas Bíblias como sendo a vontade de Cristo para Sua igreja.
Fonte: adaptado da seguinte página comunhaobatista.blogspot.com.br/2011/06/quem-somos.html
domingo, 14 de agosto de 2016
Devo Fazer Apelo?
O
apelo é uma prática bastante conhecida no meio evangélico contemporâneo.
Consiste em uma chamada para que pessoas tomem uma decisão de aceitarem a
Cristo e se tornarem salvas e parte da família de Deus. Este tem sido tratado
como uma resposta necessária ao processo de conversão. Isto é, se há alguém que
não responde por esse meio, pode-se deduzir que nunca “conheceu” a Cristo.
Frequentemente é, assim, estabelecida uma ligação entre a resposta ao apelo e a
salvação.
terça-feira, 19 de julho de 2016
terça-feira, 24 de maio de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
9 Marcas de uma Igreja "Doente"
9 Marcas de uma Igreja Doente

Graças ao Mark Dever, muitos de nós passamos a
conhecer bem as Nove Marcas de uma
Igreja Saudável.
Embora
elas nunca tenham tido a pretensão de ser a última palavra em tudo o que uma igreja
deva ser ou fazer, as nove marcas têm sido úteis para lembrar os cristãos (e
pastores em especial) de elementos necessários que sempre esquecemos em uma era
concentrada no estilo.
Em certo sentido, as nove marcas de uma igreja
doente poderiam ser simplesmente o oposto de tudo aquilo que compõe uma igreja
saudável, de maneira que uma igreja doente ignora a membresia, a
disciplina, a pregação expositiva e todo o resto. Mas os sinais de doença na
igreja nem sempre são tão óbvios. É possível que a sua igreja ensine e entenda
todas as coisas certas e, ainda assim, seja um lugar terrivelmente doente. Sem
dúvida há dezenas de indicadores que uma igreja se tornou disfuncional e
enferma, mas limitemo-nos à nove.
Aqui vão nove marcas de que a sua igreja — mesmo
uma que creia na Bíblia, pregue o evangelho e abrace uma boa eclesiologia —
possa estar doente.
1) Quanto mais periférico o tópico do sermão, mais
entusiasmadas as pessoas ficam. Uma das coisas que sempre adorei na nossa
igreja é que os sermões que as pessoas mais amam são aqueles que lidam com os
temas mais centrais da Bíblia. Elas amam ouvir a respeito do pecado e da
salvação, sobre a glória de Deus, sobre a providência, sobre Cristo e a cruz.
Não é que eles nunca ouçam (ou tenham aversão a) sermões sobre o fim dos tempos
ou questões sociais ou mordomia financeira ou casamento ou paternidade e
maternidade, mas elas parecem mais apaixonadas pelas mensagens que se
concentram mais em culpa, graça e gratidão. Eu fico preocupado quando uma
congregação se cansa de ouvir sobre a Trindade, a expiação, o novo nascimento
ou a ressurreição e quer ouvir outra longa série sobre como lidar com o
estresse ou as 70 semanas em Daniel.
2) Os funcionários da igreja não tem prazer em
trabalhar. Todo
trabalho tem seus altos e baixos. Todo ofício terá tensão de vez em quando. Mas
a liderança deve observar quando os funcionários parecem mal-humorados,
infelizes e têm que se arrastar para a igreja a cada dia. Os funcionários da
sua igreja desfrutam da presença uns dos outros? Eles conversam entre si como
amigos no salão da comunhão? Você os vê rindo juntos? Se não, pode haver
estresse em andamento, ou conflito, ou algo pior.
3) O pastor e a sua esposa não se dão bem. Não estou falando das desavenças
corriqueiras e dos períodos difíceis pelos quais todo casal passa. Estou
falando de um casamento que esfriou e perdeu o amor, um relacionamento
superficial e carente de paixão. Toda igreja deveria ter algum mecanismo
preparado para perguntar ao pastor e à sua esposa como vai (ou não) o casamento.
Igrejas podem sobreviver a muitos conflitos, mas raramente serão lugares
felizes e saudáveis se o pastor e a sua esposa estão secreta ou abertamente
infelizes e doentes.
4) Quase ninguém sabe para onde vai o dinheiro. Igrejas lidam com suas
finanças de diferentes maneiras. Conforme as igrejas crescem, pode ser mais
difícil (ou até insensato) que todos tenham voz na alocação de cada centavo.
Ainda assim, quando se trata de finanças, exagerar para o lado da transparência
raramente é uma má ideia. No mínimo, deve haver mais do que um pequeno grupo de
pessoas que saiba (e tenha voz sobre) para onde vai o dinheiro. Não faça do
salário do pastor uma questão de segurança nacional.
5) A equipe de liderança nunca muda ou sempre muda. Ambas as situações são sinais
alarmantes. Por um lado, a igreja fica com um olhar muito limitado para si
mesma quando nunca há sangue novo entre os líderes. Se os seus presbíteros,
diáconos, líderes de comissão, líderes de pequenos grupos, professores de EBD,
coordenadores e membros do grupo de louvor são os mesmos agora desde quando
José Sarney foi Presidente da República, você tem um problema. Talvez os
antigos líderes gostem do poder, talvez ninguém mais esteja sendo treinado,
talvez sua igreja não tenha recebido ninguém novo em vinte anos. Todos esses
são grandes problemas. Por outro lado, se os presbíteros nunca estão
interessados em servir mais um termo e os funcionários nunca ficam por mais do
que dois anos, a cultura da sua igreja pode ser muito confinada, muito cheia de
conflito ou muito impiedosa para com erros honestos.
6) Ninguém jamais é levantado da igreja para o
ministério pastoral ou é enviado da igreja ao serviço missionário. Boa pregação inspira homens
jovens a pregar. Clareza sobre o evangelho empolga homens e mulheres a
compartilhar o evangelho com aqueles que não o ouviram. Igrejas menores podem
não enviar obreiros todo ano, mas a congregação que quase nunca produz pastores
e missionários quase nunca é uma igreja saudável.
7) Existe uma lentidão exacerbada na tomada de
decisões. Isso
pode ser culpa da congregação. Alguns membros insistem em aprovar cada decisão,
desde contratação de funcionários, a duração do culto e a cor do carpete. Se
todos têm que votar em cada decisão, a sua igreja nunca será maior que o número
de pessoas informadas que podem votar em cada decisão (que é um número bem
pequeno). Essa lentidão pode ser culpa do pastor. Em algumas igrejas nada
acontece sem a aprovação pessoal do pastor e sua direta supervisão — uma
receita certeira para guerras territoriais, crescimento atrofiado, e
afastamento de líderes talentosos.
8) A pregação se torna errática. Isso pode ter muitas
formas. Talvez o pastor não compartilhe mais o púlpito com outros membros e o
ocasional convidado de fora. Talvez o oposto esteja acontecendo, e o pastor
pareça estar chamando substitutos mais frequentemente do que o contrário.
Talvez a pregação tenha se tornado mais virulenta, ou sempre martele no mesmo
tema, ou mostre sinais de pouca preparação. Talvez você tenha notado que o pregador
está contando mais com vídeos ou esboços que não são de sua autoria, ou
constantemente reutiliza material de poucos anos atrás. Ninguém quer que a
pregação seja enfadonha. Alguma variação deve ser esperada e bem vinda. Mas
preste atenção se o pregador parece doutrinariamente instável, irritável ou
exausto.
9) Há
problemas que todos conhecem, mas ninguém conversa abertamente a respeito. Igrejas doentes muitas
vezes têm uma grande regra tácita: a pessoa que menciona os nossos problemas é
que tem problema. Pode ser um pastor que não sabe pregar, um organista que
nunca fica para ouvir o sermão, um presbítero que dizem que está em um
relacionamento ilícito, um diretor de juventude que não tem jeito para falar
com crianças, um funcionário que não se dá com ninguém, um líder que que lidera
por ordens e intimidação. O melhor é que muitos problemas sejam tratados em
secreto e discretamente, mas isso não é desculpa para fazer vista grossa para o
que todos podem ver claramente. Falar sobre aquilo que todos conhecem é, muitas
vezes, o primeiro passo para tirar do problema o seu poder incapacitante.
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